sexta-feira, 10 de abril de 2015

Jornal da Unifra - Dia 07 de abril de 2015

Na matéria exibida no Jornal da Unifra do dia 07 de abril de 2015, o professor e economista Mateus Frozza fala sobre a alta na inflação em Santa Maria, e comenta sobre o último boletim do Índice do Custo de Vida de Santa Maria. Confira...



quinta-feira, 9 de abril de 2015

Custo de vida bate recorde

Inflação local chega a 2,10% em março e bate novo recorde
por Carmen Staggemeier Xavier

 

O orçamento ficou mais apertado para os santa-marienses em março passado. Isso porque a inflação no município bateu um novo recorde, atingindo a marca de 2,10%, maior variação mensal em 11 anos. Calculado pelo Laboratório de Práticas Econômicas (LAPE), do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Franciscano (Unifra), o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM) totaliza 4,26% no primeiro trimestre deste ano e 9,74% nos últimos 12 meses.

O resultado de Santa Maria acompanha a trajetória de preços nacional, que registrou uma alta de 1,32% em março, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Esta é a maior taxa mensal desde fevereiro de 2003. Considerando-se apenas os meses de março, essa é a maior taxa desde 1995 (1,55%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tanto no município, como no País, o maior aumento foi verificado no grupo Habitação. O custo médio do grupo disparou em março, fechando com reajuste de +9,19% em Santa Maria. O comportamento foi puxado principalmente pelo reajuste da energia elétrica na cidade.

O segundo grupo com maior alta foi o de Despesas Pessoais, com variação de +1,60%. Já o grupo Educação teve um reajuste médio de +1,46% em março. O custo médio do grupo Transporte manteve-se estável em março, com variação de +0,34%.

PREÇOS MAIS BAIXOS

Dos nove grupos pesquisados, quatro tiveram deflação em março. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais fechou o mês com variação de -0,23%. O grupo Comunicação sofreu deflação de -2,31%.

O grupo Vestuário também variou negativamente, encerrando março com variação de -1,89%. O grupo Artigos de Residência apresentou uma deflação de -1,40%. Esse resultado é explicado em parte pelas liquidações promovidas pelos lojistas. Alguns itens, como microcomputador e impressoras, registraram queda de -2,6% e -6,3% respectivamente.

ESTABILIDADE DE PREÇOS NOS ITENS DE ALIMENTAÇÃO

O custo com alimentação em Santa Maria cresceu em um ritmo menor em março. O grupo mostrou preços que subiram apenas +0,15%, contra os +2,58% de fevereiro. Foram registradas altas expressivas no preço da cebola (+15,3%), da rúcula (+28,8%), no kg da galinha inteira (+11,9%), no kg de peixe (+16,2%), mel (+20%) e na dúzia de ovos (+21,6%). Na direção contrária, ficaram mais baratos o arroz (-14,4%), feijão (-6,9%), tomate (-1,4%), farinha de mandioca (-25,1%), aveia (–14,9%) e até mesmo a erva mate (-7,9%). A alimentação em restaurante – modalidade peso livre – contribuiu para o nível de preços controlado na medida em que recuou -3,7% em março.

Veja a matéria no site do Jornal A Razão:
http://www.arazao.com.br/noticia/67961/custo-de-vida-bate-recorde/

Inflação provoca mudança de hábitos ao ir ao supermercado em Santa Maria

Confira quais são as três principais atitudes adotadas por consumidores nos últimos meses
por Juliana Gelatti e Liciane Brun

Foto: Gabriel Haesbaert / Especial 
 
A inflação bateu novo recorde em Santa Maria e no país no mês de março. E diante de um cenário de altas de preços no supermercado, na energia elétrica, na gasolina e na farmácia, o consumidor busca alternativas para reduzir as despesas. Esse caminho passa obrigatoriamente por mudanças de hábitos. No supermercado há três medidas que podem garantir uma conta menor: trocar marcas, eliminar supérfluos da lista e ir às compras com mais frequência.


Na cidade, a inflação já soma 4,26% nos três primeiros meses do ano, conforme o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), divulgado ontem, pelo Centro Universitário Franciscano. O IPCA, que mede a inflação oficial do país, também bateu recorde. Além do supermercado, gastos extras com energia elétrica e combustíveis também exigem mudanças de atitude.

— A gente limitou o tempo de TV para a nossa filha e brinca no pátio, enquanto está claro, para poupar luz. Além de cortar besteiras, como bolachas e doces — explica a fotógrafa Franciele Borges, 23 anos.

Por marcas mais baratas

A aposentada Terezinha Bortoluzzi de Oliveira, 65 anos, está experimentando marcas alternativas para produtos que costuma comprar:

— Procuro as marcas com preços menores, em todos os setores, mas principalmente em produtos de limpeza.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Santa Maria (Sindigêneros), ainda não é possível notar o impacto dessas mudanças nas vendas, mas ele considera que a comparação é benéfica:

— Hoje, devido ao crescimento da tecnologia, mesmo as marcas inferiores têm um produto mais aceitável. O consumidor topa experimentar, por ser mais barato. É salutar que isso ocorra, pois mantém a competitividade e os preço das mercadorias.

De acordo com o economista que coordena o ICVSM, Mateus Frozza, vale a pena comparar marcas e estabelecimentos. Segundo ele, já foi possível notar esse comportamento na Páscoa:

— Esta foi a Páscoa da Garoto. As marcas líderes, Nestlé e Lacta, ficaram em segundo plano para muita gente.

É proibido fazer rancho 

Fazer compras uma vez por mês, por exemplo, pode induzir ao exagero. O consumidor pode acabar levando para casa mais do que realmente precisa, prevendo o longo intervalo até a próxima compra. Adquire-se em grandes quantidades e, quando os produtos não são consumidos, estragam e vão para o lixo. Pode parecer que não, entretanto, mês a mês, essa conta pesa bastante no bolso. 

Uma boa saída é fazer compras semanais. Se uma família gasta, por exemplo, cerca de R$ 1 mil todos os meses com compras, mas decide poupar 10% (R$ 100) deste valor ao cortar itens supérfluos, o saldo final depois de um ano de economia vai ser de R$ 1,2 mil — mais do que o suficiente para um mês inteiro.

— Desde que os preços subiram, estamos deixando de consumir algumas coisas, mas a maior mudança é ir mais vezes ao supermercado. Até três vezes por semana eu vou a um mercado para aproveitar as promoções de cada dia e comprar só o que vou usar mesmo — explica a técnica em enfermagem Rosane Teixeira, 49 anos.

Para o analista de mercado Jackson Albeirice, as visitas semanais ao mercado podem ajudar a criar uma economia média de 25% a 30%. Isso porque o consumidor pode adaptar melhor sua lista de compras ao que realmente é necessário na casa naquela semana específica. 

O monitoramento pode ajudar e pegar boas promoções do dia, além de garantir uma alimentação saudável para toda a família. Já na opinião do economista Mateus Frozza, aumentar a frequência das compras só interfere no valor total dos gastos se prevenir desperdícios. A vantagem mais comum costuma ser a de poder aproveitar a variação para baixo dos preços de hortifrutigranjeiros.

O que os consumidores estão fazendo

"Estou preferindo as marcas mais baratas e indo mais vezes ao supermercado, comparando também os preços em diferentes lojas. Algumas coisas, como pizza e outras bobagens, estou consumindo bem menos". Rosane Teixeira, 49 anos, técnica em enfermagem

"Procuro sempre o que está mais barato e cuido os dias de promoção". Aliceu Nunes de Souza, 41 anos, comerciante

"Tenho procurado diminuir. Reduzi a quantidade e a variedade de produtos de limpeza". Sueida Menezes, 60 anos, médica veterinária

"Estou buscando um equilíbrio entre preço e qualidade, principalmente na fiambreria". Terezinha Bortoluzzi de Oliveira,65 anos, aposentada

"Compro só o necessário, mas diminuí a quantidade. Não faço mais estoque de azeite, por exemplo". Mariza Ferraz Stumpf, 57 anos, dona de casa

"Estou comprando menos tomates e em vez de um bife melhor, compro chuleta". Luiz Rogério Borges, 40 anos, motorista.

"Já precisei trocar a marca do macarrão, para poder manter as marcas de outros produtos que gosto de consumir, como por exemplo de café. Na compra da carne, também precisei trocar do patinho por coxão". Simone Regina Maciel, 47 anos, agente penitenciária.

"Troquei a marca do macarrão. Na erva-mate, diminuí o consumo e troquei de marca, preferencialmente por alguma que esteja em promoção". Joice Medeiros, 52 anos, dona de casa.

"O produto que precisei trocar de marca foi o pão integral. A carne também diminuiu a quantidade nas compras". Joelma Rodrigues Dornelles, 40 anos, técnica de enfermagem.


Veja a matéria no site do Diário de Santa Maria:
http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/economia-politica/noticia/2015/04/inflacao-provoca-mudanca-de-habitos-ao-ir-ao-supermercado-em-santa-maria-4735866.html

segunda-feira, 6 de abril de 2015

sábado, 4 de abril de 2015

ICVSM

Blog dedicado a reunir as notícias da imprensa de Santa Maria sobre o ICVSM.

O Índice do Custo de Vida de Santa Maria é calculado todos os meses pelo curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Franciscano e tem apoio de outros cursos.

- Conheça um pouco do trabalho neste vídeo.
- Confira os boletins mensais com dados das variações de preço aqui.







sábado, 28 de março de 2015

Pesquisar garante Páscoa mais doce

Diferentes marcas e estabelecimentos ampliam variação de preços na cidade
por Carmen Staggemeier Xavier

Variedade e brindes fazem a alegria da criançada. Pais precisam estar atentos à variação de preços de um mesmo produto (Foto Arquivo/A Razão)


Faltando uma semana para a Páscoa, consumidores começam a lotar os estabelecimentos especializados nos dois principais produtos dessa data: os pescados e os chocolates. Nos supermercados, as “parreiras” encantam os olhos dos pequenos e são vistos com muito cuidado pelos adultos. Isso porque os preços podem variar de R$ 3,00 a R$ 115,00, dependendo do tamanho, marca e “brinde” que o ovo de Páscoa oferece.

Para atrair o consumidor, alguns estabelecimentos já estão realizando promoções, que incluem redução de preços e descontos conforme a quantidade. Isso porque, com a retração na economia, o objetivo é garantir as vendas, mesmo que com uma lucratividade menor. Para atingir as metas, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) prevê crescimento real (descontada a inflação) de 2% na comercialização em comparação com o mesmo período do ano passado. A aposta será na venda de ovos de chocolates menores e de barras e bombons – deste último produto a estimativa é repassar 6 milhões de caixas.

PESCADOS - Para quem não perde a tradição, o cardápio desta Semana Santa poderá ficar mais salgado em comparação com a Páscoa do ano passado. Isso porque, segundo levantamento do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), alguns tipos, como a merlusa, têm variação de até 66,91%. Já acompanhamentos como a cebola registram aumento de até 81,65% em 12 meses. Segundo o professor de economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra) Mateus Frozza estes aumentos são resultado de fatores com o reajuste dos custos com o transporte e a energia elétrica, além de questões sazonais.


Consumidor deve estar atento

Para que a Páscoa não se torne um problema, o Procon e o Programa Municipal de Defesa do Consumidor repassam algumas dicas quanto aos ovos de chocolate e os pescados. Segundo a auditora fiscal Márcia Rocha, um dos passos mais importantes é conferir as informações que o produto é obrigado a apresentar em sua embalagem, como peso, data de validade, valor nutricional, entre outros.



No caso dos ovos de Páscoa, é preciso estar atento à questão do peso, já que a informação deve se referir apenas ao chocolate, descontando o peso do brinde (quando houver) e da embalagem. “O consumidor precisa verificar se a embalagem está em condições, se não há violação e se o armazenamento ocorre de forma adequada”, orienta. Márcia sugere ainda que os pais não façam as compras acompanhados dos filhos. “É mais difícil explicar para uma criança a relação entre o valor do produto, o brinde e, principalmente, a quantidade de chocolate”, explica.
Com relação aos pescados, frescos ou congelados, a auditora destaca os cuidados a serem observados com o selo de fiscalização, a limpeza, a conservação e a procedência do produto. Na próxima segunda-feira, dia 30, a Prefeitura Municipal irá divulgar uma série de orientações quanto à comercialização de pescados, além de ampliar a fiscalização da vigilância sanitária nos pontos de venda.

Márcia destaca ainda que, em caso de dúvida, o consumidor pode entrar em contato com o órgão de defesa do consumidor pelo telefone (55) 3217-1286 ou pelo e-mail procon@santamaria.rs.gov.br.

Veja a matéria no site do Jornal A Razão:
http://www.arazao.com.br/noticia/67655/pesquisar-garante-pascoa-mais-doce/http://www.arazao.com.br/noticia/67655/pesquisar-garante-pascoa-mais-doce/

quinta-feira, 12 de março de 2015

Inflação é a mais alta desde 2006

Índice do custo de vida de fevereiro em Santa Maria registrou aumento de 1,28%



por Carmen Staggemeier Xavier


Os santa-marienses sentiram no bolso os aumentos de preços de produtos e serviços no início deste ano. Em fevereiro, a inflação na cidade fechou em 1,28%, segundo dados do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), calculado pelo Laboratório de Práticas Econômicas do Centro Universitário Franciscano (Unifra). Esta é a maior taxa mensal desde 2006, quando o índice começou a ser calculado. Em janeiro deste ano, o custo fechou com alta de 1,07%.

Os dois grupos que mais contribuíram para esta elevação foram o transporte e a alimentação. O aumento no preço dos combustíveis e o reajuste das passagens impulsionaram a inflação no setor de transporte, que encerrou o mês de fevereiro com alta de 3,17%. No caso do grupo alimentação, uma das causas da alta de 2,41% foi a greve dos caminhoneiros, gerando o desabastecimento e a elevação de preços de produtos essenciais, como arroz, feijão e hortifrutigranjeiros.

Outros quatro grupos que compõem o ICVSM apresentaram aumento médio de preços em fevereiro. Com o início das atividades escolares, o grupo educação fechou o mês com alta de 1,27%. Entre os fatores para essa elevação estão os preços do uniforme escolar (+13,2%), cadernos (+10,8%) e mensalidade do ensino médio (+6,9%). Já o grupo de despesas pessoais apresentou pequena oscilação de 0,43%, impulsionado pelo aumento do juro do cheque especial e do cartão (+0,43%). Os preços verificados no grupo habitação registraram leve aumento de 0,16%, ocasionados pela alta do sabão em pó (+7,7%), cerca elétrica (+7,5%) e tintas (+4,5%). No grupo comunicação, a alta de 0,11% foi puxada pela mensalidade do telefone residencial (+1,4%).

PRINCIPAIS REDUÇÕES

Dos nove grupos pesquisados, três apresentaram resultado médio abaixo da inflação medida pelo ICVSM. O grupo vestuário variou -0,64%, devido as promoções do Liquida Santa Maria. Já o grupo artigos de residência apresentou queda de -0,57% nos preços, puxada por itens como aparelho de DVD (-7%), dormitório solteiro (-4,5%) e conjunto de som acoplado (-4,6%). Por fim, o grupo saúde e cuidados pessoais teve baixa nos preços de -0,10%, puxado pela queda nos preços da armação de óculos (-13,1%), creme dental (-11,7%) e talco (-11,0%).

OS DEZ MAIS NO BOLSO DO CONSUMIDOR

Maiores  aumentos

- Mala 18,5%
- Arroz comum 18%
- Pão 17,9%
- Caqui 17,8%
- Achocolatados e farinha láctea 17%
- Leite em pó 17%
- Uniforme escolar 13,2%
- Ferro elétrico 13%
- Aluguel de roupa masculina 12%
- Passagem de ônibus municipal 11,5%

Maiores baixas

 - Bermuda e shorts -19,6%
- Blusa feminina -17,5%
- Bermuda e shorts infantil -17,3%
- Conjunto da calça e blusa feminina -16,7%
- Rádio para automóvel -15,8%
- Beterraba -15,5%
- Leite tipo C -15,2%
- Calça comprida infantil -15,1%
- Agasalho feminino -14,5%
- Bife empanado -13,6%

Matéria publicada no site do jornal A Razão.
Dia: 12 de março de 2015.

LINK: http://www.arazao.com.br/noticia/67190/inflacao-e-a-mais-alta-desde-2006/